O termo era uma contração de uma outra gíria periférica de origem inglesa, o “Playboy” que era utilizada para rotular aqueles garotos, sustentados pelos pais possuíam vasta coleção de artigos de marcas, de tênis a camisetas de marcas consagradas, de bike’s a super-motos ou incríveis automóveis, que há 15 anos atrás, não eram tão fáceis assim de se conseguir.
No meu bairro, por exemplo, costumávamos chamar qualquer garoto bem arrumado de “playboy” ou “boy”, ou então, como brincávamos bastante, “do Arthur Alvim(bairro de São Paulo – SP) pra frente é tudo boy”.
Hoje em dia, com a maturidade, muitos de nós percebemos que a distância que separa Itaquera – Tatuapé, talvez não seja tão grande assim, pode ser uma linha tênue, claro que é inegável dizer que há grandes diferenças sociais entre os dois bairros, mais quando pensamos em bairros super luxuosos, de executivos e artistas de TV, percebemos que como dito anteriormente, a distância não é tão grande, porque afinal, quem são os “boy’s” de verdade ?
Somos todos “boys’”.....boys do subterrâneo, somos destaques entre ratos, somos referência para as corjas, somos o supra-sumo do podre ! Por mais que você tenha um poder aquisitivo alto, sempre haverá um abismo social dependendo do ponto referencial, compare hoje os que antigamente chamávamos “playboys” com o filho do Mick Jagger(e da Luciana Gimenez) por exemplo ou com o filho do Ronaldo fenômeno, e vejo que estávamos enganados esse tempo todo, esses sim são os “Playboys”.
A música dos replicantes, não tem nada a ver com o texto acima, a grande sacada dessa canção foi que a banda brincou com o tema que deixava todo mundo com medo nos idos dos anos 80, que era a questão da guerra nuclear. A canção nos fala de um “cara” podre que não tinha esperança na vida, até encontrar uma garota e se apaixonar, mais a guerra nuclear estragou seus planos de serem felizes e agora ele lamenta todo o acontecido trancafiado em um “abrigo nuclear”.
Boy Do Subterrâneo
Os Replicantes
Eu era um rato do esgoto cloacal
Eu era um verme e pensava que era o tal
Não tenho culpa isso até que é bem normal
Não via luz, só tinha cruz no mapa astral
A minha gangue era aquela do blusão
A minha casa era um canto no porão
O meu futuro era viver na escuridão
E o meu destino era morrer na contramão
Mas na virada de uma esquina eu encontrei
Uma menina toda linda que eu parei
Como uma cobra ela mordeu meu coração
E o veneno envenenou a escuridão
Mas nossos filhos serão mutantes
Queria tudo como era antes
O sol nunca mais vai brilhar
Aqui dentro do abrigo nuclear
Cara,, eu discordo. Percebo que esse termo delimita não só um status social e financeira, mas um posicionamento diante do mundo, uma questão de valores distorcidos e adaptados. É como vc dizer que uma criança que olhava para a comida que passava tv, com fome, hoje, por estar na tv erradicou o problema. Creio, de forma superficial, que houve uma mudança em seu mundo e vc está tentando reorganizá-lo, renomeá-lo.
ResponderExcluirAbraço, gordo.
Talvez eu não tenha deixado isso claro, mais a minha idéia era tentar mostrar que na minha época de garoto, víamos qualquer pessoa com um relativo poder aquisitivo com “boy” e isso mostra-nos hoje o quão era limitado e restrito nosso mundo na época, já que, assim como acontece na física, tudo depende de um referencial:
ResponderExcluir“Cada observador deve a priori escolher um referencial para que se possa realizar suas medidas ou formular suas teorias”
Assim sendo, eu sou “boy” ..... se comparado ao rapaz que mora “Equilibrado num barraco incomodo” , mais e quando comparado ao Eike Batista ?
Por isso eu afirmei, que no nosso mundo atual, recheado de mega-empresários bilionários , artistas bilionários, etc, somos todos boy’s.....boys do subterrâneo.
Obrigado pelo comentário
Abraço
Thiago
Ref: http://pt.wikipedia.org/wiki/Referencial
Imagine, volte sempre... ops, não, vc que deveria falar isso, hehe.
ResponderExcluirAbraço, gordo.